quinta-feira, 26 de março de 2009

Magalhães, um destino que se cumpre.

Os Magalhães podem estar a ser vendidos no mercado negro. Eis uma boa noticia. Pensava eu que o destino do Magalhães seria, na maior parte dos casos, terminar com as tripas à mostra, depois de embateram na parede da cozinha, mas enganei-me redondamente.
Primeiro, o Magalhães é um caso exemplar da visão socialista à moda das beiras. Comprado pelo estado, comparticipado por operadoras que não comparticipam, repago pelo estado, oferecido a torto e direito, logo revendido nas feiras e mercados (não gosto do termo mercado negro, a expressão denota racismo), poderá ser readquirido pelo estado, re-oferecido a outras escolas, re-comparticipado por canais de televisão, re-exportado para a a Venezuela; em suma cumpre-se o destino, outrora foi a circum-navegação, hoje é a circum-socializaçao, ou um produto que circum-navega à volta de tudo e todos.
Segundo, a odisseia do Magalhães poderá mesmo nestes tempos de crise, criar uns largos postos de trabalho; por exemplo o estado pode contratar e formar centenas, mesmo milhares - 150 000 mil? de comissários para percorreram as feiras e mercados do país, com o objectivo de recuperarem os Magalhães extraviados. Para animar a morosidade dos mercados e fortalecer a economia das famílias, desenvolver o espírito competitivo, aumentar a produtividade, porque não oferecer um incentivo de, sei lá, 150 euros por cada Magalhães recuperado?
Terceiro, a vocação pedagógica do Magalhães deu frutos quase imediatos. Quantos miúdos, quantos pais, não fizeram um curso acelerado de economia e gestão, ao terem que estudar a concorrência, comparar os preços e definir o preço de venda? Quantos não descobriram o que é a competitividade, pois mesmo vendendo a 100 euros, conseguem ter uma margem de 100%, dado o preço de custo ser zero? Quantos não aprenderam que no mercado de hoje, mais do que saber vender, o importante é saber comprar?

quinta-feira, 19 de março de 2009

19 de Março de 2008

Sei que sabes que estás sempre presente, apesar da distancia que nos separa - infinita - Quase todos os dias, num momento ou num outro, pelos mais diversos motivos, penso em ti. Por vezes, falo contigo, utilizando palavras sem som, mas que eu tenho a certeza que tu ouves. Por vezes, respondes-me mesmo antes de eu formular as perguntas. Partilho contigo os meus medos, as minhas angustias, as minhas alegrias, os meus projectos, sei que me compreendes, que posso contar contigo, sempre terás, como sempre tiveste, uma palavra de carinho, um gesto de ternura.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Alves Reis ou tolo de Cousso?

Os putos tem o Magalhães e acesso à net de borla. Os pais metade da prestação da casa. Os banqueiros uma data de milhões à disposição para eliminar as asneiras que fizeram.
Ou o José Sócrates está a seguir os passos do Alves Reis, produzindo notas de quinhentos a granel, ou está a a ficar como o tolinho de Cousso, oferece de beber a toda a gente, sem ter cheta no bolso.
Como diz o António Barreto, isso por aí está a ficar medonho.

Os pais do telemóvel

..."Um deles acabou por cair e fazer um pequeno golpe na cabeça, mas que estava a deitar muito sangue. O irmão dele telefonou aos pais do telemóvel a dizer que ele estava muito mal e, cinco ou dez minutos depois, chegaram várias carrinhas", contou....
A notícia ou pelo menos a redacção deste parágrafo também me soa a agressão do Português. E se Luís de Camões se erguesse do túmulo e invadisse a redacção do JN armado com um pau à procura do agressor?

domingo, 15 de março de 2009

Tanta hipocrisia.

Dois actos de loucura ceifaram 25 vidas, 10 nos E. U., 15 na Alemanha. Como é possível que se possa continuar a tolerar armas em casa? Quantos mais terão de morrer para proibir a possessão de armas fora das forças de segurança e forças militares?
A loucura é impossível de erradicar. A venda de armas a particulares seria fácil.
Mas que representam 20, 50 ou um milhar de vidas em relação aos milhões que se ganha com a produção e venda de armas?

Dá que pensar

Li, com bastante atenção, como de costume, mais um texto do António Barreto. Homem de cultura, sente-se obrigado a escrever coisas "medonhas".
Dá que pensar.


Nas Câmaras, a cumplicidade entre partidos, autarcas e interesses pessoais é medonha.

Medonho :
que causa medo;
pavoroso;
horrendo;
funesto;



Março 1989 - Era uma vez a WEB

Há vinte anos, em Março de 1989, Tim Berners-Lee entregava ao seu superior um documento intitulado "Gestão de informação : uma proposta". Estava inventada a WEB, a maior invenção depois de Johannes Gutenberg ter inventado a impressão tipográfica por volta de 1450. A WEB mudou a nossa vida, os exemplos são aos milhares. Escolho apenas um : quem não aprecia consultar uma revista, ou ver excerto de um filme, comodamente instalado em frente do seu ecrã, longe de olhares indiscretos e sem ter de corar sob o sorriso trocista do dono do quiosque, ou do olhar reprovador da senhora que chegou quando nos já tínhamos o objecto do delito nas mãos?
Agora, já imaginaram se o pedido tivesse feito ao João Pedroso
? Teriamos 300 000 euros de fotocopias a apodrecer em caixotes nos subterraneos do CERN, e teriamos que continuar a comprar as revistas do Vilhena no quiosque.

domingo, 8 de março de 2009

Entre erros, carvalhos e esmolas

Metade do Pais está em alvoroço, devido à descoberta de um ninho de erros de português nas entranhas do Magalhães. A ministra da educação arrisca-se a perder o lugar devido a uns míseros 80 erros de português, coisa que 100 mil professores tentam conseguir de há dois anos a esta parte sem sucesso.

Um deputado do PSD mandou para o caralho um colega do PS; embora timido, é um começo. Daqui a uns tempos poderemos ter murros e pontapés na Assembleia, como acontece em Italia, França e outros países evoluídos.

O Presidente da República continua a tradição portuguesa de pedinchagem. Na sua recente excursão à Alemanha, pedinchou aos Alemães para encontrar uma solução para Quimonda, à Autoeuropa para não nos abandonar e aos emigrantes para mandarem carcanhol para a Pátria. Vindo da parte de tão ilustre pedinte o apelo mexeu com a minha sensibilidade, vou enviar 5 coroas para S. Bento.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Hibernatus

Como as cobras, lagartos, cágados e rãs, também eu hibernei um mês. A crise, o frio e a neve estavam a diminuir seriamente as minhas capacidades de realizar as funções básicas. Tal como a bicharada de sangue frio, enterrei-me para deixar passar o pior, voltando agora, com os dias mais quentes e a crise mais arrefecida.
Que se passou num mês? Pouca coisa, ao que parece. O Sporting ganhou ao Benfica, mas levou uma cabazada do Bayern. O congresso do PS não teve conteúdo nenhum, segundo o Professor Marcelo. O Manuel Alegre fez como eu - também hibernou e não apareceu em Espinho. Nem o derby Freeport/Socrates v SLN/BPN Dias Loureiro consegue dar um coice na morosidade instalada, até Cavaco Silva foge do pais, procurando reconforto em terras alemãs, prevendo crises sem fim enquanto emborca Bratwurst’s und bier (grosse).
Finalmente apenas perdi o episódio do Carnaval de Torres, felizmente acordei a tempo para seguir a estalada que levou a Carolina Salgado.