quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Violência


Nestes últimos dias, abundam as noticias de assaltos e tentativas de assaltos à mão armada. Um ourives de Setúbal é assaltado e morto a tiro por um assaltante, uma vendedora de ouro é perseguida e alvejada por assaltantes em Gondomar, uma carrinha de transporte de valores assaltada por um grupo de bandidos munidos de armas ultra sofisticadas e explosivos, uma bomba de gasolina na auto estrada Cascais-Lisboa assaltada, além dos ajustes de contas na quinta do mocho, etc., etc. Infelizmente, isto não acontece apenas em Portugal, aqui na Suíça, em França, países onde sigo a actualidade, sobejam os casos idênticos.
Tudo isto impõe-me algumas reflexões :
- O denominador comum de toda esta violência são as armas de fogo. Estou convicto que sem armas de fogo, a maioria dos bandidos não seriam tão corajosos, pelo menos o mal que fariam seria muito menor. Porque não se proíbe definitivamente a venda, o uso e porte de armas de fogo, sejam elas quais forem?
- Qualquer bandido em Portugal sabe que a policia dificilmente atirará sobre ele, pois quando um desgraçado de um policia atira e tem o azar de ferir mortalmente um filho da puta que rouba e mata as suas vitimas, é o policia que vai parar à cadeia, sob a pressão e poder dos media e da cobardia dos políticos e de todos nos em geral.
- A pena de morte para crimes de sangue, tão criticada por alguns, impõe-se. É que ela existe, mas apenas num sentido. O bandido que decide atacar a ourivesaria, a bomba de gasolina, a carrinha de valores, já condenou à morte as suas vitimas. Sabe que o pode fazer, pois na pior das hipóteses, caso seja apanhado, passara alguns anos na prisão, onde não lhe falta nada, desde uma boa alimentação, televisão e por ai fora. Um animal que atira deliberadamente a matar, só merece tratamento igual.
- Quando um profissional da guerra, que escolheu a sua profissão, conhecendo os riscos inerentes e pago em consequência, morre na sua actividade, agitam-se logo ministros, presidentes, com mensagens de condolências à família, louvores pelo heroísmo, enviadas claro está, primeiro à imprensa. Alguém os vê enviar uma mensagem de condolências à família das vitimas, insurgir-se contra toda esta violência, propor medidas para acabar ela? Não tenho visto grande coisa.
Por mim, as únicas armas toleradas nas mãos de qualquer pessoa não pertencente às forças armadas e forças de segurança, seriam as fisgas. Chega e sobra para caçar pardais. Para os adeptos das armas e dos tiros, organizem-se torneios no Campo Pequeno, que se matem uns aos outros.

Sem comentários: