Como o mundo anda tolo, poderão as coisas mais estranhas e improváveis acontecer, como a avó Manuela ganhar as próximas eleições. Se tal acontecer, poderemos de novo saborear uma viagem de carroça. Que piada tem uma pessoa embarcar num CAV às sete horas em Valença e duas horas e meia depois estar em Lisboa? Num percurso tão rápido, muitas conversas ficariam a meio, seria sempre difícil uma pessoa inventar uma boa mentira para impressionar o vizinho de assento. Não haveria tempo para apreciar a paisagem envolvente, ao passar em Gaia a tal velocidade, nem se conseguiria distinguir a cor das ceroulas penduradas nas marquises dos prédios.
Viva a carroça. Mas dirão alguns, carroças ainda se podem arranjar, mas cavalgaduras para as traccionar? Não se atrapalhem, há muito que foi criado um viveiro delas para os lados de S. Bento.
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