Há seis meses atrás, o preço do petróleo ultrapassou os 100 USD, com a justificação de que o ouro negro estava no fim, as reservas deveriam esgotar em 2024. Seis meses depois, o mesmo liquido caiu para metade do preço. Ora eu não ouvi dizer que se tivessem descoberto mais jazigos, salvo se os de Torres Vedras tenham finalmente começado a jorrar, sem que a TVI e o Correio da Manha o tenham noticiado.
Há seis meses atrás, os mais conceituados jornalistas, analistas e economistas, tanto nos jornais lusos, suíços, franceses ou ingleses- os que eu costumo consultar - eram unânimes em afirmar que no final de 2008, ou o mais tardar em meados de 2009, o deposito de um carro "normal" custaria em media 150 € - ou seja 3 € litro.
Preocupado, comprei uma bicicleta eléctrica, pois a 150 € o deposito, ou deixava de fumar, de comer ou de praticar ténis, o certo é que com os míseros 5 000 CHF que ganho por mês, não podia manter o carro, dar cabo dos pulmões, pagar as bolas e a cordagem da raquette. Optei por deixar de lado o carro, de toda a forma em 2024 todos teríamos de os deixar.
Num rasgo de génio - pelo menos foi o que me pareceu na altura - esvaziei a sala, corredor, despensa e marquise e comprei barris de 100 litros para começara armazenar gasolina. Até as mesinhas de cabeceira substitui por barris de 50 L. Consegui assim armazenar uns milhares de litros. A 1.3 € o litro - preço médio a que o comprei e a vender ele (terminologias saloias) a 3€ seis meses depois, ganhava uma boa maquia.
Hoje, a gasolina já se vende a cerca de um euro e eu já perdi todas as minhas economias. Puta que pariu esses jornalistas, analistas e economistas de merda, que nem para redigir o Borda d'Água serviriam.
Mas nem tudo está perdido. Como consolação, posso comprar um Buick de seis cilindros, tenho com que lhe dar de beber para os próximos anos.
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