segunda-feira, 23 de julho de 2007

Política e sabonetes

“Directas no PSD
Menezes anuncia candidatura hoje às 20h
Por Sofia Rainho
Luís Filipe Menezes já contratou a empresa de comunicação Cunha Vaz para fazer a sua campanha e intensificou contactos nos últimos dias….
sofia.rainho@sol.pt”

Copiei este texto do jornal Sol. Serve-me de motivo para o meu primeiro post sobre politica. A notícia em si, não é nada de espantar; desde há muito tempo que LFM acaricia a ideia de tomar conta do PSD, para depois aceder ao posto de 1º ministro e gobernar o País. Nada de mais legítimo, pois parece-me que, infelizmente, na minha Lusitânia cada vez menos-amada, qualquer fulano que se saiba posicionar em frente de uma câmara de televisão e dizer quatro parvoíces englobando planos tecnológicos, banda larga e computadores à borlex, está mais ou menos assegurado de permanecer quatro, ou mesmo oito anos à frente de um governo dos mais avançados da Europa, tecnologicamente falando. Tem, portanto LFM, toda a legitimidade para se candidatar a líder do segundo maior partido (longe de se endireitar, na minha humilde opinião) da oposição na expectativa mais que provável de chegar a primeiro ministro, não por qualquer mérito próprio, mas pela tradicional usura do poder e pertinência da sua campanha de comunicação. Aproveito para escrever, porque a notícia do SOL – “LFM já contratou a empresa de comunicação Cunha Vaz” - mexe-me com os rebofes, como se diz no meu Minho natal. Um posto de liderança não se conquista com ideias e ideais, convicção e capacidade, mas sim com uma campanha publicitária bem organizada. Não é nada de novo, assim Sócrates chegou ao poder, antes de Sócrates, Santana, Durão ou Guterres. A mim, contudo, choca-me a ideia de se vender um governante como se vende um sabonete ou um detergente. Sócrates lava mais branco que Persil; Marques Mendes suja mais do lava; Luís Filipe Menezes lavará como tu, das unhas dos pés às bordas do …

Felizmente, conservo uma tigela de quartilho, que encho, na falta do saudoso Jaquez, com Rioja ou Reguengos (ainda não ganho o suficiente para Bordeaux 1er Cru) e me permite purgar a mente da politiquice rasca portuguesa.

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