domingo, 17 de agosto de 2008

Medalhas, coisa de pobres

Os desgraçados dos chineses esfarrapam-se para obter medalhas de ouro, prata e bronze, até latão se houvesse, seguidos dos EU e muitos outros países miseráveis, que necessitam das medalhas como pão para a boca. É vê-los a bufar que nem touros para ganhar os 100m, dar ao cu debaixo de água para avançar mais depressa, com risco de dar um mau jeito na espinha, levantar pesos mais pesados do que eles, arriscando-se a partir o pescoço.... Enfim, países pobres, a quem uma medalha dá esperança, nem que efémera, de dias melhores.
Nós, portugueses, participamos nestes jogos olímpicos com a tranquilidade de quem tem os cofres atestados de medalhas, ganhas na labuta diária, ou não fôssemos um povo de trabalhadores.
Alterando ligeiramente o lema olímpico, de Citius, altius, fortius para devagarius se vai ao longius - de Lisboa a Pequim é longe pra carvalho - correndo por correr, remando por remar, tranquilamente, sem nos metermos nas confusões de chegar nos grupos da frente, com risco de ser empurrados, pisados ou levar alguma cotovelada. Com o altruismo que nos caracteriza, as medalhas deixamos-las para quem precisa.

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