sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Please, don’t call.

Embora não sendo grande utilizador de telemóveis – nos últimos 4 anos nem 100 euros gastei em comunicações – também não resisti à onda do iPhone, tendo recentemente adquirido um. Como o iPhone é muito mais do que um simples telefone - um puro objecto de design, aliado a um concentrado de tecnologia “avant-garde” - claro que ando sempre com ele, ao contrario do que se passava com o meu velho Nokia, que ficava a maior parte das vezes em cima da secretária ou no bolso de um casaco. Costumo chegar ao trabalho por volta das 8h20, e a primeira coisa que faço, após ligar a maquina do café, é aliviar os intestinos. Não sei porquê, mas o chegar ao local de trabalho, dá-me a vontade. Há quem o faça em casa, de manhã, quem o faça antes de deitar, há mesmo quem cague a todas as horas e em todo o sitio, enfim, cada um é como cada qual. Estava, dizia eu, confortavelmente instalado na sanita, quando tocou o meu iPhone. Há anos que ninguém me telefonava de manhã cedo, talvez o simples facto de possuir um iPhone atraia as comunicações. Ainda hesitei em atender, mas que raios, agora que tenho um aparelho de ultimo grito, o mínimo é atender as chamadas. Para chegar ao objecto, instalado num estojo de pele (desses que custam 50 euros) preso ao cinto, tive que me levantar da sanita. Peguei nele, mas, ou por ter pouca experiencia na manipulação de telemóveis, ou por o iPhone ter uma forma mais esguia do que um banal telemóvel, a verdade é me resvalou das mãos, passou-me entre as pernas e... foi aterrar na sanita. Imaginem o meu desgosto, pois ainda não tinha puxado o autoclismo. Fiquei a olhar para ele, a comunicação devia ser importante, o bicho não parava de estremecer no meio da .... Ainda por cima, parece que o ecrã não suporta a gordura, e todo ele detesta a humidade. Retirei o desgraçado, coloquei-o num saco plástico e espero que seque e deixe de feder para tentar recuperar o que puder ser recuperável. Até lá, que ninguém me telefone, pois não atendo.

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